UTILIZAÇÃO DE ENSAIOS NÃO DESTRUTIVOS NA ANÁLISE DE ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO
Palavras-chave:
Ergonomia, Análise, DiagnósticoResumo
O Concreto armado no Brasil surgiu no século XX sendo o método construtivo mais utilizado nas
edificações atualmente, no entanto existem inúmeras edificações recentes e antigas com patologias
que afetam o dia a dia do proprietário, causadas por erros cometidos nas etapas de construção da
obra ou devido à falta de manutenção na edificação. Em virtude disso, para evitar transtornos para o
construtor e para o proprietário, este trabalho tem como objetivo apresentar a descrição das metodologias
executivas de alguns ensaios não-destrutivos existentes . Estes ensaios servem para identificar
as causas das patologias existentes e direcionar os serviços de recuperação estrutural e/ou reforço
estrutural a serem executados, contribuindo assim tanto para evitar danos nas estruturas como para
identificar problemas ainda no estágio inicial da construção gerando um custo inferior aos serviços
de recuperação estrutural a serem realizados ou a não necessidade da realização dos mesmos, sem
causar danos (destruição) aos materiais analisados, fato este importantíssimo principalmente nos
elementos estruturais (pilares, vigas e lajes). Os ensaios realizados neste trabalho foram: PH do concreto,
presença de cloretos, presença de carbonatação, resistência à compressão através de esclerômetro.
Foi realizado um estudo de caso como modelo para execução destes ensaios não destrutivos,
visando a melhoria do estado das estruturas de concreto armado, bem como a diminuição das patologias
nas edificações e ocorrência de colapsos estruturais. Após a análise dos resultados dos ensaios
não-destrutivos realizados, e exames visuais in-loco, foi evidenciado patologias nas estruturas analisadas,
devendo-se iniciar o projeto de recuperação e reforço dos pilares das estruturas do Centro Universitário
do Rio Grande do Norte (UNI-RN), pois as mesmas necessitam de serviços de recuperação
e/ou reforço estrutural, devido a existência de corrosão com ou sem perda de seção das armaduras,
apresentando contaminação por cloretos e por carbonatação, além de deficiência de resistência a
compressão, devendo-se realizar a seguinte metodologia executiva nos serviços: remoção do concreto
desagregado com liberação das armaduras com corrosão, aplicação de um hidro jateamento
de areia nas armaduras com corrosão para sua limpeza, aplicação de pintura de zinco nas armaduras
antigas, aplicação de grout tixotrópico, aplicação de uma argamassa de cimento e areia no traço 1:3
para recomposição das seções e aplicação de uma argamassa polimérica externa visando o aumento
da durabilidade e vida útil. Caso exista situação de perda de seção superior a 10% em alguma armadura
principal ou de estribo nos pilares, deverá se proceder o reforço estrutural com introdução de
nova armadura com mesmo diâmetro e comprimento, sendo a mesma ancorada no bloco de fundação,
substituindo-se o grout tixotrópico pelo grout expansivo, com a introdução de formas metálicas.