A INCOMPLETUDE NA CONJUGALIDADE

Resumo

Analisa-se o motivo pelo qual as pessoas se frustram em seus relacionamentos ao buscarem no outro o estado de completude, como se este fosse a “metade da laranja”, “a tampa da panela” ou ainda, sua “alma gêmea”. Discute-se o tema, com base na visão sistêmica do conhecimento, e tendo como estratégia de pesquisa a revisão bibliográfica, abordando-se a necessidade da completude a partir do estudo de três vertentes que retornam a momentos em que outrora fomos completos com o outro, sendo estas, a vertente da criação de Eva através da costela de Adão; o da mitologia que cita o Andrógeno como um ser completo com dois sexos; e o da gestação quando o bebê vive e é suprido pela mãe. Questiona-se como se dá a individualidade na conjugalidade? Por que as pessoas querem viver a conjugalidade e desprezam sua individualidade? Tem-se como objetivo de pesquisa entender o que leva as pessoas a buscarem tal plenitude e as consequências disto, sob o viés da intervenção familiar sistêmica, que, por sua vez, consiste na compreensão do todo (sistema família/sistema indivíduo) a partir de uma análise global das partes e da interação entre estas. Conclui-se que o ciúme e a dedicação total a vida a dois são considerados como certo medo insuportável de perder o parceiro, de retornar ao suposto estado de incompletude.