OS EFEITOS DA RADIOTERAPIA NA FORÇA MUSCULAR RESPITATÓRIA EM MULHERES MASTECTOMIZADAS

Autores

  • Catharinne Angélica Carvalho de Farias
  • Suellen Nascimento Costa
  • Juliana Vital de Paiva

Palavras-chave:

Mulheres mastectomizadas, Força muscular respiratória, Câncer-mulheres

Resumo

Discute-se o câncer de mama (carcinoma invasivo de mama), sua repercussão na vida das mulheres, aumento da incidência e suas complicações e a importância do diagnóstico precoce, iniciando-
-se o tratamento cedo, o que evita a disseminação das células malignas pelo corpo e proporciona maiores índices de sucesso terapêutico. O planejamento do tratamento é feito de acordo com o estadiamento da doença. A cirurgia é a forma de tratamento mais frequente e eficaz, podendo ser conservadora, através da ressecção de um segmento da mama com retirada dos gânglios axilares ou linfonodo sentinela, ou não conservadora, que consiste na retirada de toda a mama, prevenindo
recidivas locais e possíveis metástases. Entre as técnicas cirúrgicas conservadoras estão: a tumorectomia e a quadrantectomia; dentre as cirurgias não conservadoras, encontramos: a mastectomia radical, e a mastectomia radical modificada; o tratamento é realizado por meio de uma
combinação de cirurgia, radioterapia, quimioterapia e/ou hormonioterapia. O recorte da pesquisa centra-se na radioterapia, e tem-se como objetivo avaliar os efeitos da radioterapia, com irradiação no tórax, na força dos músculos respiratórios em pacientes (35 a 39 anos) que sofreram mastectomia do tipo radical modificada. Trata-se de uma pesquisa do tipo descritiva, realizada na Liga Norte Riograndense contra o Câncer -CECAN, Natal/RN, desenvolvida com 6 casos de pacientes do gênero feminino que passaram por cirurgia de câncer de mama (mastectomia radical modificada) e foram submetidas ao tratamento de radioterapia no período de fevereiro a maio de 2010; possuíam indicação de radioterapia com irradiação torácica, totalizando no mínimo 28 sessões de atendimento.
Os dados foram coletados através de questionário elaborado para a pesquisa, contendo dados de identificação pessoal, hábitos de vida, datas de início e término, como também o número de sessões de radioterapia, histórico da doença e dados antropométricos, os quais foram analisados
pelo pacote estatístico SPSS, por medidas de dispersão (mediana) e medidas de tendência central (quartis); teste de Wilcoxon para amostras pareadas, quando se comparou os valores de PImáx e PEmáx antes e após a aplicação da radioterapia, complementado pelo teste de correlação de
Sperman, para análise da PImáx e PEmáx com as variáveis, tempo de doença e tempo de cirurgia. Em toda análise estatística foram considerados um P< 0,05 e um intervalo de confiança de 95%. Concluí-se que a radioterapia com irradiação no tórax é capaz de provocar alterações nos músculos expiratórios, proporcionando uma diminuição na força desses músculos. Os valores apresentados mostraram alterações significativas na PEmáx, com valores inferiores àqueles obtidos em mulheres
saudáveis, porém, a PImáx não demonstrou alterações significativas nos valores quando correlacionado ao tempo de descoberta da doença, tempo de cirurgia, idade e IMC.

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Biografia do Autor

Catharinne Angélica Carvalho de Farias

Fisioterapeuta. Especialista em Avaliação Fisioterápica do Aparelho Locomotor (UFRN). Mestre em Fisioterapia
Respiratória (UFRN). Docente dos Cursos de Fisioterapia e Educação Física (UNI-RN).
Endereço para acessar este CV: http://lattes.cnpq.br/8874874519790126.

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Publicado

2018-01-16

Como Citar

Carvalho de Farias, C. A., Costa, S. N., & Paiva, J. V. de. (2018). OS EFEITOS DA RADIOTERAPIA NA FORÇA MUSCULAR RESPITATÓRIA EM MULHERES MASTECTOMIZADAS. Revista UNI-RN, 14(1/2), 67. Recuperado de http://revistas.unirn.edu.br/index.php/revistaunirn/article/view/352

Edição

Seção

Artigos